quinta-feira, 12 de junho de 2014

Devaneios de Copa do Mundo

Quando o assunto é Copa do Mundo, logo me vem a cabeça a Copa de 2002, pois foi naquele ano que eu mais vivi a união que só pode ser proporcionada pelo futebol. Lembro, em pequenos fragmentos, da Copa de 1998: boa parte da família reunida na casa da madrinha da minha irmã, o rosto pintado de verde e amarelo, a euforia na vitória por pênaltis do Brasil sobre a seleção dos Países Baixos. Mas Copa mesmo foi a de 2002.

Pintamos a rua por uma semana, desenhos do Ronaldinho Gaúcho e a famosa Tartaruga Né se uniam as bandeiras e bolas e estádios pintados no chão. A rua inteira reunida, a magia do futebol em ação. Nos jogos, era acordar cedo e ir para o quintal gigante do vizinho onde teria café, chá, pipoca, bolo e muitas coisas levadas aos poucos por cada um. Os gritos eram entoados em uma só voz, ninguém reclamava do barulho, pois estavam todos ali, como se fosse mais um setor da arquibancada do estádio.

O declínio desse que não é só um evento futebolístico, mas um momento de união, começou em 2006 e se alastrou por 2010, duas Copas, que para mim, passaram despercebidas. Hoje, enquanto chegava em casa, me deparei com a rua fechada, estavam pintando guias e postes um dia antes do jogo, quase um desrespeito. Nem passou pela minha cabeça contribuir de alguma forma com aquela gritaria, mais parecia uma daquelas manifestações que ofuscaram o verdadeiro objetivo que a Copa traz para um país, onde as pessoas que votam em caras como o "Tiririca" querem o direito de protestar contra um governo desorganizado, e ainda cobram da FIFA o que deveriam cobrar, antes de mais nada, e si mesmo. Não que eu tenha algo contra os protestos, isso nada mais é que o direito do cidadão, mas prefiro viver a Copa.

Mesmo diante desse temor de que alguma coisa ruim possa acontecer nas ruas durante um dos maiores eventos mundias, estou empolgado, acreditando e torcendo pela Seleção Canarinho, que o HEXA venha esse ano e que mostre que mesmo diante de tantos baixos sociais, ainda estamos unidos e sabemos sair as ruas sem quebrar nada, só por pura diversão.

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