quinta-feira, 6 de março de 2014

Monitoramento de Mídia - Festival de Toronto 2013 (Acadêmico)

No segundo semestre do ano passado, o professor Ernane Guimarães Neto, da disciplina Informação e Formação de Opinião, solicitou que fizéssemos um monitoramento de Mídia para compreendermos mais sobre os hábitos de informação e formação e opinião da população brasileira e de profissionais de comunicação. Como o tema era livre, escolhi monitorar o Festival de Toronto em dois websites e depois comparar como ambos tratam as notícias. O resultado foi o trabalho apresentado abaixo, com algumas melhorias após a correção do professor.


Vivendo em Nostalgia

Nostalgia é um termo que descreve uma sensação de saudade idealizada, e às vezes irreal, por momentos vividos no passado associada com um desejo sentimental de regresso impulsionado por lembranças de momentos felizes e antigas relações sociais. Wikipédia.

Sou movido a nostalgia. Não sei se enfrento hoje um futuro pessoalmente distópico, mas as coisas andam meio sem graça. Alguns dias atrás fui a uma banca de jornal comprar um álbum de figurinhas, estava sentindo falta de algo do gênero para me divertir. Mas nada me agradou. Não há mais Pokémon, Cavaleiros do Zodíaco ou O Rei Leão. Nem mesmo aqueles chicletes que eu abria e jogava fora só para pegar as figurinhas.

Outro dia, estava com uma amiga "nostalgiando" os desenhos animados. Como era bom o tempo de Dragon Ball, Megas XLR, As Múmias Vivas e Super Patos. Lembro que tinhas muitos bonecos desses personagens, o time inteiro de Patos, todos os Sayajins e uma boa quantidade de Cavaleiros do Zodíaco, todos bem articulados e cheios de apetrechos. Hoje, um boneco desse - agora chamado de action figure - são bem mais caro do que se pode pensar, não ouso comprá-los para brincar, é só coleção. Nenhum deles vai ter uma base de operações no quintal de terra da minha avó, ou saltar de paraquedas de cima do telhado, acho até que nenhum vai ser brincado.

A minha nostalgia não vem de coisas que não vi - como LPs, Ataris e o cinema mudo -, é mais uma saudade que me deixa com um pé nos anos 90 e o outro nos anos 2000. A intensidade desse sentimento vai além da saudade, pois a diferença se resume em poucas palavra, mas o significa se abrange em larga escala. É uma saudade que dificilmente será reparada.

A pouco tempo atrás comprei um Mega Drive. Embora tenha jogados diversos consoles - que se eu fosse listá-los deixaria esse texto gigante e cansativo - o Mega sempre foi minha paixão. Chegaram novas gerações que foram do Nintendo 64 até o Playstation 2 e eu seguia firme em meu Mega Drive, e agora, com a chegada de Nintendo WiiU, Playstation 4 e Xbox One, cá estou mais uma vez com um Mega Drive! É a felicidade que nenhum outro game pode me proporcionar. Mata a saudade, mas não a saudade inteira, pois não são mais momentos, são lembranças e essas lembranças só aumentam ainda mais a saudade. Irreparável. Sei muito bem que não vou ter a sensação de expectativa ao esperar um lançamento de um novo jogo, mas isso é facilmente ocupado pela aventura de caçar um cartucho raro pelas ruas do centro de São Paulo.

Sinto falta também da literatura, do futebol na rua e das tarde de baixo de uma árvore jogando conversa fora. As noites tocando violão e os dias em que juntávamos para escutar música, onde não se ouvia uma palavra fora as que saiam do rádio. As sessions de skate e a bagunça na pizzaria. Sinto falta de muitas coisas, acho que por isso vivo minha vida em nostalgia.