quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Sobre domingos de manhã

Estava lendo "A Garota que eu Quero", de Markus Zusak, e fui obrigado a interromper a leitura - por volta da página 120 - para escrever sobre domingos de manhã. Por vezes, é um momento mágico, a mesa encostada no canto da cozinha, com tanta coisa que mal cabe a xícara de café. A família reunida, conversando sobre política, futebol, cinema e qualquer porcaria, esquecendo qualquer briga ou intriga resultada do cansaço cotidiano. Um momento mágico acompanhado de risadas e reclamações, a verdadeira reunião de família. Algumas vezes só olho para todos e desejo que aquilo aconteça mais vezes, mas não todas as vezes, o suficiente para um saber que o outro sempre estará ali, reclamando ou contando uma piada. Um domingo de manhã é de verdade, é real, é a única coisa que pode fazer crescer o desejo de que o domingo chegue logo. Agora volto a ler, enquanto esse bendito domingo não chega.