terça-feira, 7 de março de 2017

Adélio, o neto de cafezeiro

Adélio Antônio da Silva

“Neto de cafezeiro não nega café.” Foi afirmando isso que o senhor Adélio Antônio da Silva, entre uma xícara e outra, me recebeu em sua casa e contou sua história.

Tendo cursado física e matemática no McKenzie, pretendia entrar na Aeronáutica Brasileira para cumprir seu tempo de alistamento e aprender como funcionavam alguns mecanismos, assim, também seguiria os passos de seu tio, que servira alguns anos antes. “Só que meu pai disse que se eu servisse o exército, ele me ajudaria”, isso porque em 1963 o salário de um militar era baixo, “Hoje o exército ainda paga um pouco mais, quem melhorou isso foi o Castelo Branco”, afirmou Adélio.


A intervenção de seu pai fez com que ele desistisse da Aeronáutica e ingressasse no Exército, o que seria bem mais difícil se a dona Maria, moradora do bairro Vila Formosa – onde Adélio mora até hoje – não o tivesse incentivado. Mal sabia que uma ação a contra gosto lhe renderia tantas histórias para contar, algumas delas cômicas, outras bem dramáticas, mas todas relatadas entre boas xícaras de café.