terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Algumas considerações

O ano está prestes a chegar ao fim, esse passou rápido. Nem parece que já se faz quase um ano em que eu decidi ficar completamente bêbado no natal, só por não ter o que fazer. Pois bem, o fato é que o ano está acabando e não há nada que possamos fazer para reverter a situação, mesmo que pudêssemos, de que valeria?

Tenho algumas considerações. Não são agradecimentos, isso fiz no mesmo momento em que cada caso aconteceu. Casos como as descobertas, lugares novos, pessoas novas e ideias novas. Os casos sem causas, também. A chace de perceber que aceitar que está errado é algo mais valioso do que sustentar qualquer teimosia. O bares e as cervejas (que esse ano foram muitas), as conversas, sim, elas foram essenciais para sobreviver a mais um ano. Os encontros e reencontros. Aqueles que estiveram bem perto a ponto de me chamar a atenção sempre que preciso, e aqueles que estiveram perto, mesmo de tão longe. Imaginem só, esse ano comecei a realmente ganhar dinheiro escrevendo! Agradeço a todos os envolvidos, esses que não escreveram uma só linha, mas incentivaram, leram e releram, reclamaram, me ensinaram. As sessões de cinema, as jogatinas disputadíssimas. Os beijos, os abraços e, claro, os amassos, por que não?

Alguns bons projetos morreram, mas é como dizem: foi bom enquanto durou. E é bem melhor ser bom enquanto durar ao ter que acabar de tão ruim que está. Também foi bom ter a chance de ensinar qualquer coisa a qualquer alguém. Foi primordial aprender com tantos outros. Foram histórias colhidas e recontadas, algumas outras até vividas, criadas. As músicas e os shows, cada coisa incrível. Mais incrível que isso foram os problemas, pareciam não ter soluções, mas no fim ainda saia triunfante e com a sensação de que poderia consertar o mundo. O pessoal do Twitter, tantas ideia, intrigas e declarações que fizeram minha timeline parecer uma novela da Globo. O pessoal do Facebook... Bom, sabem que pouco ando por aquelas bandas, mas sem dúvida é um ótimo lugar para encontrar colecionadores de games (outra grande paixão).

Escrevo isso porque esse ano foi realmente diferente, não sei se melhor ou pior, mas ao invés de ficar na minha e esperar que as coisas passassem, fui atrás de tudo o que eu queria. Claro que não consegui, mas já aprendi como fazer e para o próximo ano, bom, ele que se cuide.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Doando infância

Há tempos atrás separei alguns livros que pretendia doar para alguma pessoa ou biblioteca. Hoje decidi entrar em contato com a Biblioteca de São Paulo e ver qual era o processo de doação, então me pediram a relação de livros, eu não imaginava o quanto isso seria difícil.

Lembranças podem ser um grande problema para quem é tão apegado a ela, e que não entendam essa apegação como algo negativo. Enquanto revia os títulos com a certeza de que daqui uns dias não seriam mais meus, me vi passando de marujo a capitão, andando pelas ruas de Ouro Preto e procurando soluções para problemas familiares. A viagem a Angola e os perigos ao ser emboscado por piratas, mercenários e criaturas monstruosas. Tudo o que me carregou da infância à juventude com grande maestria. Difícil desapegar, a vontade que tive foi de colocá-los novamente na prateleira e não deixar que ninguém mais os visse.

Mas ainda assim, desejo doar tais livros, não como um modo de inflar meu ego sendo um bom feitor, mas compartilhando a histórias que me levaram a ser quem sou e crendo que as crianças que têm hoje a idade que eu tinha quando os li, acreditam que a linha que divide a realidade do imaginário é tênue e, por vezes, vale a pena se perder do outro lado.

Quem sabe isso leve outros amigos, ou leitores aqui do blog, a praticarem a mesma ação. Se pensarmos bem, esse apego pode ser resolvido com idas futuras a biblioteca, onde os livros estão sendo bem cuidados por aqueles que também os adoram e os devoram vorazmente.