Dia de Clássico. Acorda cedo e prepara o manto. Empolgado há cinco dias, sai pra rua cantando. O vizinho que até ontem era chato e filho da mãe, hoje é amigo de infância. São as cores, aquelas cores, que provocam a mudança.
O hino toca o dia inteiro, até a hora da partida. Se reunir com os amigos já faz parte da rotina. Segue pelas ruas cantando, mais feliz do que imagina, é dia de Clássico, é dia de alegria.
Está quase na hora, já estão todos reunidos. A geladeira cheia de cerveja, típico de um Clássico de domingo. O sofá é a arquibancada e os amigos, a torcida. São muitos estádios, do apartamento à padaria.
Os gritos da organizada soam em alto e bom som, na rua, alguns passam xingando, enquanto outros ajudam cantando. É dia de Clássico, é dia de ousadia.
Então sai o gol, seguido por gritos enlouquecidos de euforia. Voa a cerveja, o churrasco, o amigo e a mobília. A sensação é inexplicável, só vão saber aqueles que amam um Clássico.
Não é fanatismo, não é doença e nem amor pela camisa. Vai muito além, está na alma, na pele. É o amor de uma vida.
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