segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Encarando a morte

Outra noite sonhei com algumas coisas estranhas. Sonhei que a Morte (personagem do Neil Gaiman) vinha até minha cama e me beijava. Senti um frio desconcertante que gelou todo o meu corpo, mas eu só queria mais daquilo. Não seria algo estranho já que sou um grande fãs de HQs e do Gaiman, mas há muito eu não lia nada dele, muito menos da Morte.

No dia seguinte de meu sonho, logo que acordei, ou antes mesmo disso, me deram a notícia que um amigo da família morrera. Isso me deixou intrigado, será que eu teria recebido certa premonição de que algo assim viria acontecer? Se fosse o caso, por que tinha de ser eu?

Cerca de uma semana depois cheguei ao hoje, ou melhor dizendo, ao ontem. Estava voltando para casa quando um sujeito, até que bem vestido, me disse para lhe entregar tudo o que tinha. O encarei por alguns segundos (e somente hoje percebi que aquele poderia ser meu fim), o encarei e vi o momento em que o mesmo ameaçou tirar uma faca da cintura. Antes mesmo de perceber o que estava fazendo, parti pra cima dele, para cima da morte. O soquei com uma velocidade desconhecida e uma coragem tão intensa que só o subconsciente daqueles que um dia viram tal perigo face a face saberia que toda ela vinha do medo.

Passei uma noite difícil. Um enjoo inexplicável (mas acho que entendi porque em algumas cenas "fortes" do cinema os personagens vomitam). Mal dormia e quando isso acontecia acordava assustado. Mas sei bem que se meu destino está traçado, meu fim só chegará no tempo certo. Então escrevo, em busca de uma noite mais tranquila. Escrevo porque essa talvez seja a única saída que posso encontrar no momento.

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